Ajudar pobres é ‘desvio’ de recurso da igreja, diz site de R.R. Soares

Pesquisa no Google mostra texto que o site deletou


Paulo Roberto Lopes, no blog Paulopes

Na seção “Missionário Responde”, o site de R.R. Soares afirmou que a igreja não deve ajudar os pobres, porque significaria desvio dos recursos da evangelização. Para a Igreja Internacional da Graça de Deus, é o governo que tem de recorrer os necessitados, porque arrecada imposto para isso.

Esse esclarecimento sumiu do site (ele estava na página www.ongrace.com/NP/rr/lerResposta.php?id=3355), mas até a manhã de hoje (26) aparecia na busca do Google, nos seguintes termos: “O que não concordamos é em desviar os recursos humanos e financeiros destinados à evangelização e à proclamação da Palavra, para atender aos necessitados do mundo. Primeiro que o governo arrecada impostos justamente para fazer isso (e ele não vai pregar o Evangelho para ajudar a igreja)”.

Que as igrejas neopentecostais não ajudam os pobres — elas os exploram — é público e notório, mas até agora nenhuma delas tinha admitido isso com tanta franqueza, ao menos por alguns instantes.

A afirmação de que a ajuda aos pobres cabe ao governo mostra como os pastores dessas igrejas se livram de algum eventual sentimento de culpa pela sua omissão.

As igrejas desfrutam de isenção de impostos justamente porque se pressupõe que prestam um serviço de assistência espiritual e material aos pobres, de acordo com os princípios cristãos.
Mas essa isenção — como também se sabe — tem servido tão somente para o enriquecimento desses pastores e a construção de imponentes templos.

O mesmo site que tinha informado que ajudar os necessitados é desvio de finalidade do dinheiro arrecadado dos fiéis traz a notícia de que a prefeitura de São Paulo autorizou a construção da sede da igreja, que vai custar milhões.


Igreja terá sede imponente 



A Igreja da Graça não "desvia" dinheiro para os pobres, mas vai construir uma imponente sede em São Paulo



Um comentário:

Anônimo disse...

Sem comentários mais longos. Não é surpresa para ninguém vindo de quem veio. Alguém que vende tv a cabo e faz de Jesus um patrocinado não poderia fazer declaração alguma que trouxesse algum ensinamento moral e idôneo para quem quer que seja. A declaração está apropriada partindo de quem partiu.