Berço de avivamento(???), Assembleia de Deus em Brownsville está falida

O início do maior avivamento(???) dos últimos 25 anos ocorreu durante um culto no Dia dos Pais em 1995. O pastor Kilpatrick da Assembléia de Deus de Brownsville, Flórida, convidou o evangelista Steve Hill para pregar naquele dia. Depois do sermão, ele fez uma pergunta simples: “Se alguém quer realmente ser renovado e se aproximar de Deus, venha até o altar”.

Ken Griffin, um membro da igreja na época e hoje um dos seus líderes relembra: “Assim que ele começou a orar pelas pessoas, todo tipo de coisa começou a acontecer… Algumas pessoas caíram no espírito, outras foram curadas e o culto que começou de manhã foi terminar depois das 4 horas da tarde”.

A notícia rapidamente se espalhou que pessoas estavam sendo milagrosamente curadas e houve muitos convertidos. Logo, os cultos de avivamento ocorriam quatro ou cinco noites por semana.

As pessoas precisavam esperar em longas filas para entrar na igreja localizada em um dos bairros mais pobres de Pensacola, pequena cidade do norte da Flórida.

Durante vários anos depois daquela noite, milhões de visitantes de todo o mundo foram até a pequena igreja para testemunhar o maior reavivamento pentecostal moderno. A cada noite, multiplicavam-se os testemunhos de curas de doenças como câncer. Calcula-se que, no seu auge, a Assembléia de Deus de Brownsville atraia cerca de 5.500 pessoas por noite durante seis anos.

Isso totaliza de 3 a 4,5 milhões de pessoas. Com o aumento das multidões, a igreja começou a comprar e derrubar as casas vizinhas para aumentar seu estacionamento. Também contratou mais equipe, chegando a ter 50 ministros de tempo integral e construiu um novo santuário gigantesco e abriu uma escola para preparar pastores e obreiros.

Foram milhões de dólares arrecadados em doações e lucros da venda de CDs de música e livros, mas a igreja diz que isso não foi suficiente para pagar tudo a vista. Muitas hipotecas foram assumidas. “Você pode achar que o dinheiro estava sobrando naquele lugar, mas não é bem assim”, disse Kilpatrick, que trocou Brownsville alguns anos atrás e hoje é um pastor itinerante.

Quase uma década depois do seu auge, a igreja está à beira da ruína financeira. Ela acumula cerca de US$ 11,5 milhões em dívida. “Toda segunda-feira eu pergunto quanto foi a oferta (de domingo) e decidimos o que vamos pode pagar durante a semana”, disse Evon Horton, atual pastor da AD Brownsville.

Os bancos vazios no santuário de 2.200 lugares assustam os seis pastores que permanecem à frente da igreja. Hoje são cerca de 800 membros presentes na igreja e o pastor Horton diz que espera por uma bênção de Deus, um milagre na verdade, para que a igreja continue com as portas abertas.

Como isso ocorrerá? Horton parece saber: “Podemos ficar livre de dívidas se as cerca de 7 milhões de pessoas que foram abençoadas por esse avivamento nos ajudarem com um pouco”.

Traduzido e adaptado de Yahoo

@gospelprime

Igreja expulsa mãe que amamentava filho durante culto

Igreja deveria ser um local de acolhimento, mas isso nem sempre é verdade. A norte-americana Jennette Nirvana, moradora da Geórgia, mãe de quatro filhos e evangélica, pode ser um bom exemplo disso.

Ela diz que foi forçada a sair do templo da igreja que frequentava quando decidiu amamentar seu bebê durante o culto. Alguns líderes da Igreja se aproximaram e pediram que ela fosse para o banheiro.

Diante de sua recusa, ameaçaram chamar a polícia e prendê-la por “exposição indecente”. Para sua surpresa, o pastor a comparou a uma stripper de boate, que se despia em público.

“Eu estava indo àquela igreja durante algum tempo. Pensei que seria aceita…”, disse ela em entrevista ao canal de TV Fox.

Revoltada, ela explica que só estava amamentando seu filho e nunca esperou tudo o que aconteceu com ela. “Quando me pediram pra ir para o banheiro. Eu disse que não, então mandaram me cobrir e ir embora. Eu sei a importância do aleitamento materno e foi isso que decidi fazer para o meu bebê… Tentei muitas vezes ser educada e conversar com eles.

Não somos diferentes dos outros, nem temos uma doença. Nós merecemos ficar junto com os todos. Ele [o pastor] me comparou a uma dançarina de strip tease. Fico chateada só de ter de falar sobre isso. Ele também disse que a amamentação é vulgar e que eu deveria me cobrir e sair do templo”.

Possivelmente, os membros dessa igreja ignoram que Maria foi retratada centenas de vezes ao longo dos séculos amamentando o menino Jesus.

Enquanto saía, Nirvana ouviu que não deveria voltar àquela igreja na cidade de Savannah que ela preferiu não identificar. Desde então ela decidiu se unir a um grupo de mães pelo Facebook.

Descobriu que outras mulheres passaram por situações similares em lugares públicos, como supermercados, museus e shopping centers.

De acordo com a lei da Geórgia, uma mãe pode amamentar o seu bebê em qualquer local. Mas se um estabelecimento decide proibir uma mulher de amamentar em público, um local alternativo deve ser fornecido. Para a senhora Nirvana e as outras mães do grupo, o banheiro não pode ser considerado uma alternativa viável.

“As pessoas não sabem que o local pode estar cheio de germes? Será que alguém gostaria de comer em um banheiro público?… Mas parece não haver problema em uma mãe alimentar seu bebê ali. Isso é triste”, afirma Jennette.

Para ela e seu grupo, é necessário fazer algo mais drástico. De acordo com a retransmissora da Fox, o grupo de mães liderado por Jennette agora está pedindo uma alteração na legislação do Estado da Geórgia.

Em 5 de março elas vão fazer um protesto diante do Tribunal de Woodbine e estão convocando pelo Facebook todas as mães e simpatizantes do movimento para se juntarem a elas.

A petição encaminhada por elas ao governo pede que a lei seja alterada, prevendo a possibilidade de processo “contra qualquer pessoa que faça assédio ou discriminação contra uma mãe durante a amamentação e impeça-as de serem acusadas de exposição indecente”.

Traduzido e adaptado de Huffington Post e Wsav

@gospelprime

Julgamento de pastor acusado de estupro continua na tarde de hoje

Ter, 20 de Março de 2012 16:32 Correio Braziliense

Está marcada para a tarde desta terça-feira (20/3), a continuação do julgamento do pastor evangélico Josuel Gonçalves de Sousa, preso no começo deste ano sob acusação de estuprar dois meninos, de 6 e 8 anos. O réu foi absolvido no estupro de um dos garotos e responde agora pelo crime contra a vítima mais jovem. Hoje, o juiz Osmar Dantas deve ouvir todas as testemunhas de defesa do caso e anunciar a sentença do religioso.

Os depoimentos serão prestados na 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do DF. A primeira sessão do julgamento ocorreu no começo deste mês, mas por falta de uma das testemunhas foi adiada para hoje.

Josuel Gonçalves atuava na Igreja Batista Pentecostal Jeová Jireh, em Vicente Pires, mas acabou preso por investigadores da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em casa, no Guará 2, no último dia 5 de janeiro. No momento da prisão, ele negou que tivesse violentado as crianças.

Após denúncias de fraude milionária em dízimos, toda a liderança da Igreja Maranata é investigada por crimes federais

Após as denúncias de desvios milionários de dízimos da Igreja Maranata toda a cúpula da denominação, incluindo seu presidente, Gedelti Gueiros, estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal por uma série se crimes, incluindo estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária.

Entre as irregularidades investigadas pelo MPF estão compra de equipamentos de videoconferência de forma irregular, em outros países, e o envio de remessas de dólares para o exterior. As denúncias envolvendo compra irregular de dólares aparecem até mesmo na investigação feita pela própria Maranata no final do ano passado. Já os equipamentos de videoconferência, que compõe um sistema que interliga os templos no Brasil e no exterior, teriam sido comprados nos Estados Unidos e no Paraguai e trazidos para o Espírito Santo de forma irregular, na mala dos fiéis.

De acordo com os depoimentos, os pastores da igreja alegam que o dinheiro, que era levado para fora do país na mala dos fiéis, serviria para ajudar os “irmãos no exterior”.

De acordo com o Gazeta Online, o autônomo Julio Cesar Viana foi flagrado transportando rádios e projetores estrangeiros sem nota fiscal, dentro de uma mala. Viana, cujo nome aparece na descrição de vários documentos de caixa da Maranata, chegou a ser denunciado, mas apenas pelo transporte dos equipamentos.

A Igreja se declarou tranquila sobre o caso e publicou uma nota na qual afirma que se antecipou e já procurou tanto a Receita Federal quanto a Receita Estadual solicitando que apurassem as possíveis irregularidades na compra dos equipamentos de videoconferência. Sobre as denúncias de envio de dólares para o exterior na mala de fiéis, o texto da nota afirma que desconhecem o assunto. A nota diz que “não há registro oficial na Igreja Cristã Maranata de envio de recursos financeiros para o exterior”.

Gospel+

Padre pedófilo é condenado a 22 anos de prisão na Inglaterra

LONDRES — O padre Alexander Bede Walsh foi chamado de "sem-vergonha" por um juiz e sentenciado a 22 anos de prisão por abuso sexual de meninos, nesta sexta-feira, segundo informações divulgadas pelo jornal britânico “The Independent”. Walsh foi condenado no mês passado por 21 crimes sexuais, em um período de 18 anos. Alexander Bede Walsh, de 58 anos, respondia por dois crimes sexuais graves e 19 acusações de atentado ao pudor contra meninos com idade entre 8 e 16 anos.

O clérigo católico teria usado seu status para aliciar as vítimas, abusando de meninos em três cidades da Inglaterra: Coventry, Staffordshire e Warwickshire. Os abusos, segundo o tribunal, foram considerado como "em série e predatórios", aconteceram entre 1975 e 1993.

No mesmo tribunal, esta tarde, o juiz Glenn lhe disse:
— Sem-vergonha descreve com precisão a sua atitude, que não demonstrou qualquer remorso em momento algum. Na verdade, o júri estava satisfeito, você mentiu repetidamente para eles. Você usou o nome de Deus como álibi, manipulando os ensinamentos de Deus para os seus próprios interesses — afirmou o juiz.
O reverendo Bernard Longley, arcebispo católico de Birmingham, disse que ele tinha ficado "chocado e consternado" com o abuso. Em um comunicado divulgado após a condenação Walsh, o arcebispo disse.

— Estes são crimes horrendos, e eu, em primeiro lugar, quero expressar o meu profundo sentimento de vergonha com o que aconteceu. É a mais grave traição de confiança. Eu também quero expressar minha profunda tristeza e profundo pesar a cada uma das crianças, agora adultos, que foram vítimas do abuso perpetrado pelo padre Bede Walsh — declarou o arcebispo.

Uma das vítimas tentou se enforcar depois de sofrer abuso, e o juiz afirmou que o fato das vítimas só denunciarem a agressão sofrida anos depois demonstra o quanto suas vidas foram afetadas pelo fato. O tribunal disse que Walsh não demonstrou nenhuma emoção durante todo o julgamento.

A guerra nada santa dos pastores

O líder da Igreja do Evangelho Quadrangular é acusado, entre outras coisas, de tramar a morte de desafetos

A Igreja do Evangelho Quadrangular é um portento religioso: tem 3 milhões de membros, cerca de 15000 igrejas espalhadas pelo país e uma arrecadação anual estimada em meio bilhão de reais.

Presidida pelo pastor Mário de Oliveira, que está no exercício do sétimo mandato de deputado federal, a instituição se orgulha principalmente do trabalho de assistência social que realiza, inclusive no exterior. Seus líderes gostam de repetir, por exemplo, que enviaram mais alimentos às vítimas do tsunami que varreu a Ásia, em dezembro de 2004, do que o governo brasileiro. "Pregamos uma vida cristã ilibada e de honestidade. Uma vida regrada, sem envolvimento com vícios, com a corrupção", diz Oliveira. Esse receituário é nobre e comum à maioria das designações religiosas. No caso da Igreja do Evangelho Quadrangular, merece destaque por uma aparente contradição. Mário de Oliveira, que é presidente da instituição há dezesseis anos, é acusado por dois pastores de não seguir o que prega. Mais do que isso: de subverter tudo o que qualquer religião proclama ao encomendar a morte de duas pessoas, ludibriar as instituições e enriquecer à custa de fiéis.

Essas acusações foram feitas formalmente, em 19 de fevereiro passado, na Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. Partiram do pastor Osvaldeci Nunes, que privou da intimidade do deputado Mário de Oliveira durante cerca de quatro anos. Num depoimento que durou sete horas, Osvaldeci Nunes contou que, em 2009, o presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular lhe pediu para contratar um pistoleiro para matar Maria Mônica Lopes, ex-cunhada do parlamentar. O assassinato seria encomendado porque Maria Mônica, ao se separar de um irmão de Mário de Oliveira, ficou com metade de uma fazenda que, na verdade, pertenceria ao deputado.

As terras, localizadas em Miranda (MS), foram vendidas e Mônica ficou com uma parte do dinheiro. Mário de Oliveira não gostou, pois considerava a ex-cunhada apenas um laranja. "Ele tem um ódio mortal dela, que ainda corre risco de morrer", afirmou Osvaldeci Nunes. Para comprovar o que disse, o pastor anexou ao depoimento fotos e informações levantadas por um detetive sobre a rotina de Maria Mônica. Era, segundo ele, a preparação para o crime que acabou não acontecendo.

Na semana passada, o deputado Mário de Oliveira conversou com VEJA. Ele admitiu que conhece muito bem o pastor Osvaldeci Nunes. Confirmou também a venda da fazenda em Miranda e o litígio com a ex-cunhada, mas negou que tenha encomendado a morte dela. "O Osvaldeci é um mentiroso compulsivo, um psicopata", diz. Mônica não quis se pronunciar.

Segundo o deputado, o pastor foi à Polícia Federal porque fracassou na tentativa de extorquí-lo. Desde 2009, o pastor exige dinheiro - sempre ele! - para não contar "tudo o que sabe". Para não revelar os segredos da igreja. Osvaldeci teria pedido 50000 reais e uma promoção na hierarquia da instituição. As supostas ameaças foram feitas por meio de mensagens enviadas por celular. Mário de Oliveira conta que repassou os torpedos ao Ministério Público de Minas Gerais, que ajuizou uma ação contra o antigo colega de pregação. Osvaldeci Nunes admitiu que mandou as mensagens a Mário de Oliveira, mas ressaltou que só agiu assim para se defender, já que teria sido ameaçado de morte por três vezes. Sobre o motivo da discórdia - dinheiro -, o pastor confirma que pediu, mas nada a ver com extorsão. "Ele me deve uma indenização trabalhista", garantiu.

Não é, porém, a primeira vez que o líder da Igreja do Evangelho Quadrangular é acusado de mandar matar desafetos. Em 2007, a polícia de São Paulo prendeu um pistoleiro supostamente contratado por Mário de Oliveira para matar o então deputado federal Carlos Willian, ex-integrante da igreja. Por envolver parlamentares, o caso chegou a ser investigado no Supremo Tribunal Federal, mas foi arquivado por falta de provas. O depoimento de Osvaldeci Nunes também traz novidades sobre o crime. Além de confirmar a participação do deputado na trama abortada pela polícia, ele confessa ter subornado a principal testemunha do caso para livrar Mário de Oliveira das acusações. "O Mário deu 50000 reais ao Odair (o pistoleiro) para mudar o depoimento. Quem foi levar o dinheiro para o Odair fui eu, no hotel Royal Palace, no centro de Belo Horizonte, em junho de 2007." Odair da Silva é ex-motorista do secretário nacional de comunicação da igreja. Ele frequentava a casa e a fazenda de Mário de Oliveira em Minas Gerais.

O motivo do crime? Em seu depoimento, o pastor contou que Mário acusava Carlos Willian de roubar 800000 reais de uma emissora de rádio controlada pela igreja. Na semana passada, o pastor Donizete de Amorim confirmou à PF todas as acusações contra o deputado.

Dinheiro, dinheiro, dinheiro ... O dinheiro parece estar no centro de todas as denúncias que pairam sobre o líder da igreja. Desde 2008, o deputado é investigado no Supremo Tribunal Federal também por formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica. Trata-se de uma apuração iniciada no Ministério Público de Minas Gerais sobre irregularidades na execução de convênios públicos destinados à recuperação de dependentes químicos - um inusitado e instigante caso de milagre remunerado. Os pastores prometiam curar viciados em drogas apenas com orações. Não curaram ninguém, evidentemente, mas embolsaram uma fortuna destinada ao programa. O dinheiro foi parar na conta de alguns pastores, em propriedades da igreja e em bancos no exterior. O relatório do processo aponta indícios de que Mário de Oliveira tinha - plena ciência do esquema fraudulento que envolvia os milagrosos convênios da Quadrangular. "Eu já fui inocentado disso", garantiu o deputado.

Nascido numa família humilde, Mário de Oliveira teve uma infância difícil. Ele conta ter calçado um sapato pela primeira vez aos 14 anos de idade. Ganhava a vida como ajudante de padeiro e servente de pedreiro até entrar para a igreja. Aos 19 anos, já pregava, dando início a uma impressionante ascensão dentro da Quadrangular. "Ele é uma espécie de mito na igreja", conta o pastor Jefferson Campos, que está no terceiro mandato de depurado federal. O mito seria resultado, além de um competente trabalho de evangelização, do crescimento em progressão geométrica da instituição. Nos últimos dezesseis anos, período em que ele está na presidência, a igreja se espraiou por todas as unidades da federação e amealha um rebanho cada vez maior. Ao mesmo tempo, Mário de Oliveira trocou a realidade franciscana dos tempos de infância por um patrimônio respeitável. Hoje, a família dele tem casas, lotes, fazendas e carros de luxo. Na declaração de renda que entregou à Justiça Eleitoral em 2006, o deputado apresenta uma relação de bens no valor módico de 2,3 milhões de reais. Em 2010, o patrimônio caiu para 687000 reais. Não, o pastor não decidiu fazer voto de pobreza. O político Mário de Oliveira conta ter ficado deprimido, com medo de morrer, e por isso transferiu parte de seus bens para os sobrinhos.

Justiça condena Igreja Mundial a indenizar missionária que trabalhava na igreja sem registro

Um processo que corria na justiça do trabalho movido por Ana Paula Carneiro Nidech contra a Igreja Mundial foi decidido em favor da trabalhadora, que provou ter tido relação de trabalho com a igreja, na qual trabalhava sem nenhum tipo de registro.

Nidech chefiava e realizava atendimentos no escritório da Igreja Mundial e teve seu vínculo empregatício com a igreja neopentecostal, liderada por Valdemiro Santiago, reconhecido novamente pela Justiça carioca. A igreja havia entrado com recurso alegando que Nidech prestava serviços voluntários, como “obreira” e “missionária” à instituição religiosa.

Em detrimento do recurso apresentado pela igreja, a 10ª Turma do TRT-1(Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região) manteve a determinação do pagamento das verbas trabalhistas referentes às atividades de abril de 2007 a dezembro de 2008.

De acordo com o site Ultima Instância, a relatora do recurso ordinário, desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, afirmou que Igreja reconheceu ter se beneficiado da mão-de-obra da trabalhadora até julho de 2008, sem, contudo, provar que os serviços eram voluntários.

Uma das evidências usadas para a decisão da justiça foi o depoimento prestado por um pastor da instituição, que confirma que Ana Paula Nidech chefiava o setor onde trabalhava e exercia funções de atendente no escritório da igreja, usufruindo de rápido intervalo para almoço. A desembargadora se baseou nessa prova testemunhal para comprovar a presença dos requisitos de vínculo empregatício.

A relatora do caso ressaltou ainda que as testemunhas apresentadas pela igreja faltaram com a verdade, conforme concluiu o juiz, pois afirmaram que a Igreja efetuava a anotação da carteira de trabalho e efetivava recolhimentos previdenciários.

Gospel+

Polícia do Rio investiga pastor-celebridade por denúncias de estupro, tortura e ameaça de morte

Leslie Leitão

Com bom trânsito entre políticos, artistas e ONGs, o pastor Marcos é agora acusado de abuso sexual, tortura de crianças e conivência com a bandidagem que ele diz “curar”, conforme revela reportagem de VEJA desta semana

Na última década, o pastor carioca Marcos Pereira, 55 anos, conquistou respeito em rodas que mesclam políticos, desembargadores, artistas e uma vasta turma egressa de ONGs. Entre os que já o viram em cima de um púlpito gesticulando com um de seus Rolex em punho e desejando “rajadas de glória” à plateia, estão o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), a produtora Marlene Mattos e o ex-pagodeiro Waguinho, que, mesmo sem se eleger, alcançou 1,3 milhão de votos na última disputa para o Senado tendo o pastor Marcos como cabo eleitoral. Alçado à condição de religioso-celebridade, Marcos extrapolou, e muito, as fronteiras de sua igreja, a pentecostal Assembleia de Deus dos Últimos Dias, com sede no Rio e filiais no Paraná e no Maranhão. Desde 2004 — depois de pôr fim a uma sangrenta rebelião em um presídio do Rio, a pedido do então secretário de Segurança, Anthony Garotinho —, ele passou a ser visto como o mais habilidoso apaziguador de conflitos liderados pela bandidagem, com um currículo que, segundo o próprio, inclui o resgate de centenas do tráfico. Tem feito esse trabalho no Brasil inteiro e já foi várias vezes aos Estados Unidos, onde quer erguer um templo, para falar da experiência. Pois por trás dessa fachada, ao que tudo indica, se esconde um enredo de atrocidades que não deixa pedra sobre pedra da imagem de bom religioso do pastor.

Em um recém-instaurado inquérito, cujo número é 902-00048/2012 e que está em poder da Delegacia de Combate às Drogas do Rio, ele é acusado de encenações de cura pela fé, estupro, tortura de crianças e relações criminosas com os marginais aos quais esbravejava promessas de “salvação do demônio”. VEJA teve acesso a trechos da investigação, um conjunto de relatos de gente que diz ter sido vítima ou testemunha da perversidade do pastor. Um de seus homens de confiança durante mais de seis anos, longe da igreja há dois, traz à luz uma história escabrosa, que dá a dimensão de como o pastor se enfronhou no mundo do crime. Essa testemunha sustenta, por exemplo, que Marcos ficou claramente do lado dos bandidos que engendraram a mais sangrenta onda de terror no Rio, em 2006. Depois dos ataques, reuniu seu séquito mais íntimo em uma churrascaria. “Ele queria que os bandidos tivessem até explodido a Ponte Rio-Niterói. O objetivo era aparecer depois como o intermediário salvador”, conta o ex-fiel. A trama piora na voz de outra testemunha, que situa o pastor como braço operacional da selvageria. “Marcos foi ao presídio de bangu 1 e saiu de lá com um recado dos chefões do tráfico para que suas quadrilhas dessem sequência à carnificina”, rememora. Como sabe disso? “O pastor me encarregou de repassar a ordem nas favelas. E foi o que eu fiz.”

A polícia já colheu uma dezena de depoimentos, e muitas das histórias se repetem nos mínimos detalhes. A investigação começou há duas semanas, depois que o coordenador da ONG Afro- Reggae, José Junior, 43 anos, veio a público denunciar que o pastor tinha um plano para matá-lo. A informação vinha de integrantes da própria igreja. “Trata-se de um psicopata”, dispara Junior, que hoje tem a seu lado na ONG um antigo braço direito de Marcos, o pastor Rogério Ribeiro de Menezes, 39 anos. Afastado do templo de Marcos desde 2008, ele fala pela primeira vez sobre os dezessete anos que viveu sob suas asas. Tomou a decisão depois de ter sido ameaçado de morte três vezes — na última, os traficantes de uma favela esfregaram um fuzil contra seu rosto e pronunciaram o nome Marcos.

Seu depoimento ajuda a elucidar o que tanto unia o pastor aos traficantes que ele dizia “curar”, e certamente não era a fé. Não raro, Marcos lhe pedia que escondesse mochilas cheias de dinheiro em sua casa. Contou duas vezes a coleção de notas. “Numa delas, havia 200 000 reais. Na outra, 400 000 reais”, lembra Rogério. Detalhe: traziam resquícios de cocaína e crack. Segundo Rogério, o pastor cobrava até 20 000 reais para pregar nas favelas, o que os traficantes pagavam de bom grado, já que assim mantinham sua base assistencialista. Três deles chegaram a ser presos em propriedades da igreja do pastor, no Rio e no Paraná, mas a polícia nunca comprovou que estavam ali com a conivência do religioso. Todos pagaram uma taxa equivalente a 10% de tudo o que haviam acumulado no crime.

Em seu templo, o fundador é tão reverenciado quanto temido. Até hoje, manteve todos em silêncio à base de benesses e ameaças. Duas mulheres contam como a igreja se tornou um show de horrores no qual lhes cabia o papel de vítimas do pastor. Ambas dizem que foram violentadas sexualmente por ele diversas vezes. À polícia, uma das moças afirma ainda que Marcos obrigava as fiéis de sua preferência a manter relações sexuais com outros homens, em orgias das quais também participava. “Depois, mandava a gente confessar tudo com outro pastor, sem revelar nomes, é claro”, ela conta. Constam ainda do inquérito denúncias de crueldades contra crianças que o pastor mantinha sob sua guarda, em geral abandonadas pelos pais. Uma delas, de 7 anos, teria pago caro por testemunhar, casualmente, as peripécias sexuais do religioso. Ao se dar conta, o pastor agarrou-a pelos cabelos e lançou-lhe a cabeça no vaso sanitário, segundo um dos relatos à polícia.

Ex-garçom, o pastor Marcos é casado e tem dois filhos que já seguem seus passos no mundo da fé. Convertido em 1989, fundou sua igreja dois anos depois e constituiu ali um reinado de trevas. Proíbe refrigerante, rádio, televisão (apesar de ter um telão em seu gabinete) e remédios, já que a igreja se encarrega da cura (aos que pagarem uma taxa extra via boleto bancário, distribuído durante a pregação). Os cultos, que juntam até 15 000 pessoas, são barulhentos e teatrais — literalmente, segundo narra um ex-assessor do pastor, que ajudava a armar o show: “Ele dava dinheiro a viciados para comprarem droga, filmava a turma em degradação e depois levava para a igreja, como se os estivesse salvando”. Na última segunda- feira, um rapaz adentrou a Assembleia de Deus dos Últimos Dias de muletas, que usava desde um acidente que lhe machucara o fêmur. Depois das orações do pastor Marcos, caminhou em frente aos fiéis dizendo-se curado. Findo o culto, subiu na mesma moto que havia conduzido na viagem de ida à igreja e foi embora.

Pastor espanca filha com madeira após descobrir que ela estava namorando

Segundo o conselheiro tutelar que atendeu ao caso, a garota foi agredida quando o pai descobriu que ela estava namorando.

Um pastor evangélico, de 42 anos, foi denunciado à Polícia Civil pelo Conselho Tutelar da zona centro-sul, por suspeita de ter espancado, com um pedaço de madeira, a filha de 14 anos. De acordo com o conselheiro Daniel Serrão, as agressões foram praticadas depois que o pai descobriu que a menina estava namorando.

O conselheiro informou que a vítima sofreu hematomas no braço direito, nas costas e na mão direita. A adolescente ainda teve a cabeça machucada após ser socada várias vezes contra a parede. A violência ocorreu na quinta-feira à noite, na casa onde moravam, na Avenida Argentina, no Parque das Nações, zona centro-sul.

Ontem pela manhã, o conselheiro e uma equipe da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) foram ao local. Eles resgataram a adolescente e detiveram o pastor. O suspeito e a mãe da menina foram levados à Depca para prestar esclarecimentos, mas até o fechamento desta edição, o procedimento ainda não havia sido concluído.

De acordo com o conselheiro Daniel, o crime foi denunciado por professores de uma escola municipal. Logo após a denúncia, a vítima foi retirada do convívio com o pai e deixada aos cuidados da mãe. No entanto, a mulher devolveu a filha ao pai.

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